Por Um Fio – Seminário Internacional de Saúde e Trabalho


Por um Fio propõe movimentar a discussão sobre o processo de saúde/adoecimento dos trabalhadores, puxando as reflexões para o âmbito coletivo e contra as perspectivas que apontam para o indivíduo como culpado pelo seu adoecimento, bem como para a resiliência individual como única chance de uma vida melhor. Para qualificar esse debate pretendemos aproximar o conhecimento sindical, a pesquisa acadêmica e a experiência contemporânea e histórica da saúde pública. Para além de um círculo de lamentações, o seminário deverá apontar caminhos práticos para uma atuação – seja ela acadêmica, sindical, profissional ou estudantil – que esteja atenta às questões de saúde nas diferentes categorias e formas de inserção no mundo do trabalho. Esse aspecto formativo do seminário deve se realizar através da utilização de diferentes linguagens e formas de aproximação com o conteúdo, sem limitar a sensibilização e o aprendizado às palavras escritas e faladas. 


O Seminário será realizado nos dias 29 a 31 de Agosto de 2024 no Centro de Filosofia e Ciências Humanas, CFH, e no Centro de Ciências da Saúde, CCS, da Universidade Federal de Santa Catarina.


Da atividade

O Seminário será viabilizado a partir da colaboração entre a Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ABET), a Associação Latino-Americana de Medicina Social (Alames) e o Centro de Estudos e Pesquisas em Trabalho Público e Sindicalismo – Fazendo Escola. O diálogo internacional ocorrerá a partir de uma perspectiva comparada e troca de experiências, identificando pontos comuns e peculiaridades de cada País. Entretanto, não queremos fazer do seminário um lugar exclusivamente de encontro entre especialistas no tema. Partimos do princípio da educação popular como prática que aponta para a transformação e que só é possível a partir do diálogo com a experiência vivida e reflexionada. Por isso, mesas e outros espaços na programação devem buscar paridade de participação entre acadêmicos, sindicalistas, profissionais da saúde e movimentos sociais.

O Seminário que pretendemos construir deve ser aberto para todos. Para isso, não basta ser público, acessível e gratuito. Deve ser também convidativo, o que significa pensá-lo em suas dimensões estéticas e de linguagem. Se a educação popular visa a intervenção direta no mundo, o Seminário deve apontar para ferramentas concretas para essa intervenção. Na programação deve-se incluir espaços do tipo “oficina” e também momentos de memória, em que se exponha os caminhos que já temos construídos para a promoção da saúde e da vida digna para os trabalhadores.