Laboratório de Sociologia do Trabalho – LASTRO
  • Revista EM DEBATE divulga chamada de trabalhos para o número 11

    Publicado em 02/04/2015 às 13:10

    A revista em EM DEBATE torna pública a chamada de trabalhos para o número 11. A publicação é prevista para o mês de agosto de 2015. Solicita-se especial atenção às normas a seguir. Trabalhos em desacordo com as normas serão devolvidos aos autores.

    CHAMADA PARA AUTORES
    DOSSIÊ: LUTAS SOCIAIS E PENSAMENTO ANARQUISTA

    O Comitê Editorial da Revista Eletrônica EM DEBATE, do Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO) da Universidade Federal de Santa Catarina  (UFSC-BRASIL), torna público que no período de 27 de março a 30 de junho de 2015 receberá artigos científicos para publicação em seu número 11.

    O presente dossiê tem por objetivo reunir trabalhos de autores com pesquisas relacionadas aos sucessivos levantes populares, insurgências e protestos violentos observados nessa segunda década do século XXI que questionam as formas organizativas de partidos, sindicatos e movimentos sociais e a sua relação com o Estado. Em um contexto de crise internacional, tais movimentações proporcionaram um renovado interesse pelo anarquismo, tanto no campo teórico como no campo político. No Brasil, as manifestações de Junho de 2013 são exemplos de tais protestos, notadamente caracterizadas pelo retorno à tática Black Bloc por parte da militância anarquista.

    Tomando por marcos referenciais o aniversário de 150 anos de fundação da  AIT (Associação Internacional dos Trabalhadores) e o bicentenário de nascimento do anarquista proletário Mikhail Bakunin, torna-se atual recolher e difundir conhecimentos produzidos que estabeleçam relações entre crise mundial, anarquismo e as insurgências que acontecem na América Latina e no mundo, além de problematizar as transformações na estrutura de classes do capitalismo. Com essa orientação analítica e acadêmico-científica, o Comitê Editorial da Revista Eletrônica EM DEBATE convida pesquisadores a submeterem seus trabalhos que contemplem o tema das lutas sociais e as transformações do capitalismo contemporâneo em diálogo com a teoria anarquista. Serão admitidos trabalhos de diferentes perspectivas teórico-metodológicas.

    Além do dossiê, a revista aceita, em fluxo contínuo, trabalhos relacionados às suas 10 áreas temáticas nas modalidades “artigos”, “resenhas”, “traduções” e “entrevistas”.

    1) Mundialização e blocos regionais (ex.: Mercosul, União Europeia);
    2) Juventude, cultura e contestação política;
    3) Trabalho, urbanização, ontologia e história social;
    4) Processo de trabalho, tempo digital, tempo livre;
    5) Movimento sindical e movimentos autonomistas;
    6) Capitalismo, técnica e reestruturação produtiva, emprego e desemprego, crise;
    7) Memória histórica, ditaduras e direitos humanos;
    8) Ensino de Sociologia;
    9) Ensino superior e universidade pública;
    10) Pensamento e Teoria Social.

    Serão aceitos apenas trabalhos inéditos, em língua portuguesa ou espanhola.

    As diretrizes completas para autores estão disponíveis em:
    https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/about/submissions#

    Dúvidas podem ser sanadas pelo correio eletrônico: luhmanika@gmail.com

    Os Editores.
    ________________
    Revista EM DEBATE
    http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/index


  • A Editoria Em Debate faz novos lançamentos de livros, revista e exposição de arte

    Publicado em 08/12/2014 às 17:23

    CONVITE

    Convidamos para participar dos lançamentos de 2014 da Editoria Em Debate do Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO) da UFSC.

    O evento acontecerá no dia 11/12 (quinta-feira), às 19:00h, no mini-auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Neste evento, serão lançados 8 livros e mais uma Edição (nº 9) da Revista Eletrônica Em Debate do Lastro.

    Haverá, também, lançamento da exposição de imagens de Igor “Gôri” (artista plástico de Joinville) na Galeria Virtual da Editora.

    Os autores estarão presentes.

    Os temas abordados nos livros deixam transparecer o crivo da crítica dos autores que apresentam suas contribuições ao pensamento crítico, necessário para se investigar a particularidade da realidade social no sistema capitalista.

    Os Editores.

    Prof. Dr. Ricardo Gaspar Müller

    LASTRO/CFH/UFSC


  • Seminário “Historia, marxismo y Nueva Izquierda: los ejes del debate E. P. Thompson-Leszek Kolakowski en perspectiva”

    Publicado em 27/11/2014 às 10:08

    Como parte das atividades especiais da disciplina SPO9003, Política e Cultura, o LASTRO convida para o seminário do Prof. Antonio Oliva (Centro de Estudios Interdisciplinarios (CEI), Universidad Nacional de Rosario)

    Tema “Historia, marxismo y Nueva Izquierda (New Left): los ejes del debate E. P. Thompson-Leszek Kolakowski en perspectiva”.

    Data: 2.12.2014 (terça-feira)

    Horário: 8h30min

    Local: CFH, sala de Usos Múltiplos da Geografia.


  • Palestra com Raquel Varela “As relações entre Portugal e os Territórios Coloniais no período da Revolução Portuguesa”

    Publicado em 22/10/2014 às 20:30

    Palestra Raquel Varela

     

     

     


  • ENCONTRO INTERNACIONAL – ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DAS TRABALHADORAS E DOS TRABALHADORES, 150 Anos Depois

    Publicado em 21/10/2014 às 20:24

    Em Londres, no dia 28 de setembro de 1864, foi fundada a Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), que se tornou símbolo de organização de classe para a luta de várias gerações de trabalhadores/as no mundo para reivindicar direitos trabalhistas e sociais, principalmente, movimentos denunciando as mazelas sociais e se contrapondo ao capitalismo.

    Neste ano, comemora-se os 150 anos de sua fundação com uma vasta programação de debates em diversos países e no Brasil.

    PROGRAMAÇÃO GERAL

    UNICAMP (Campinas) – 29 e 30 de outubro

    USP/UNIFESP (São Paulo) – 30 e 31 de outubro

    UFBa (Salvador) – 31 de outubro

    UFRJ/UFF (Rio de Janeiro) – 03 de novembro

    UFRGS (Porto Alegre) – 24 e 30 de outubro

    UFRN (Natal) – 27 de outubro

    UFRB (Recôncavo da Bahia) – 30 de outubro

    UFMG (Belo Horizonte) – 03 de novembro

    Acesse a programação completa neste link: http://ait150anos.wix.com/ait150anos

     

     



  • Nota de falecimento

    Publicado em 06/10/2014 às 15:04

    Lamentamos informar o falecimento do pai da Andréa Barbosa Alvim ocorrido no último dia 30 de setembro, em Belo Horizonte/MG.

    Andréa é nossa aluna do Curso de Ciências Sociais e bolsista de Iniciação Científica do Lastro.

     

     


  • LASTRO lança novo número da Revista Em Debate

    Publicado em 02/10/2014 às 20:24

    Caros leitores, o Lastro acaba de lançar mais um número da Revista eletrônica Em Debate

    (n.9, 1º semestre 2013).

    A sua publicação pode ser acessada neste link: https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate.

    Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e títulos de seus interesses: https://periodicos.ufsc.br/index.php/emdebate/issue/view/1976


  • O LEFIS oferece novos cursos de capacitação aos professores de Filosofia e Sociologia do Ensino Médio da Rede Estadual de Ensino

    Publicado em 02/10/2014 às 20:22

    O Laboratório Interdisciplinar de Ensino de Filosofia e Sociologia (LEFIS) do Departamento de Sociologia e Ciência Política, Departamento de Filosofia/CFH e do Departamento de Metodologia de Ensino/CED, em convênio com a Secretaria da Educação do Estado de SC, oferece, neste semestre, 9 cursos de capacitação aos professores de Filosofia e Sociologia da Rede Estadual de Ensino. Com estes cursos objetiva-se desenvolver abordagens teóricas, discussões pedagógicas e didáticas relativas aos conteúdos de ensino destas disciplinas previstos na Proposta Curricular de Santa Catarina e na Matriz Curricular para os três anos de Ensino Médio.

    Interessados devem acessar: http://www.lefis.ufsc.br


  • III ENCONTRO DE TEORIA SOCIAL, EDUCAÇÃO E ONTOLOGIA CRÍTICA

    Publicado em 22/09/2014 às 19:44

    O III Encontro de Teoria Social, Educação e Ontologia Crítica será realizado em Florianópolis SC, no Campus da UFSC, organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa em Ontologia Crítica (GEPOC/CED/UFSC) e promovido pelos programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UFSC), Sociologia Política (PPGSP/UFSC) e Serviço Social (PPGSS/UFSC), com apoio  de outros programas de Pós-Graduação e Núcleos e Laboratórios da universidade e de outras instituições.

    O evento é  gratuito e será  realizado nos dias 07, 08 e 09 de outubro de 2014.

    Acesse mais informações e a programação do evento neste site:

    http://gepoc.paginas.ufsc.br/encontro-de-teoria-social-educacao-e-ontologia-critica/

     

     


  • Resenha de “A revolução burguesa no Brasil”

    Publicado em 15/07/2014 às 15:23

    A revolução burguesa no Brasil

    14.03.28_Ricardo Musse_A revolução burguesa no BrasilPor Ricardo Musse.

    Em 1974, em meio à ditadura e dez anos após o golpe militar, Florestan Fernandes publicou A revolução burguesa no Brasil. Recebido à época como uma tentativa de explicação das origens e fundamentos do Estado autoritário, o livro tornou-se, com o decorrer do tempo, um dos clássicos da sociologia histórica brasileira, uma linhagem que possui seus momentos altos em Casa-grande & senzala (1933), de Gilberto Freyre; Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda e Os donos do poder (1958), de Raymundo Faoro.

    Florestan emprega o conceito de “revolução burguesa” como “tipo ideal”, isto é, como princípio heurístico e fio investigativo da origem, natureza e desdobramentos do capitalismo no Brasil. Não se trata de um estudo empírico ou mesmo de comparar as vicissitudes do processo brasileiro com os modelos de revolução francês, inglês ou norte-americano.

    A ausência de uma sucessão de acontecimentos de impacto, de uma revolução propriamente dita, não impediu o desenvolvimento do capitalismo no Brasil, mas ditou-lhe um ritmo próprio e uma condição particular. A idéia de revolução burguesa presta-se assim como uma luva para determinar as etapas do processo e, sobretudo, para compreender a modalidade de capitalismo predominante no país.

    O livro foi redigido em momentos distintos: as duas partes iniciais (“As Origens da Revolução Burguesa” e “A Formação da Ordem Social Competitiva”) em 1966, e, a terceira parte (“Revolução Burguesa e Capitalismo Dependente”), em 1974. Esse último ensaio complementa os demais blocos, avançando o acompanhamento histórico anterior – que se detinha na época da abolição da escravatura – até o presente. Mas traz também alterações relevantes no que tange à atribuição de sentido ao processo histórico.

    Os ensaios de 1966 seguem a periodização tradicional. A Independência abre caminho para a emergência da sociabilidade burguesa – seja como tipo de personalidade ou como formação social –, bloqueada até então pela conjugação de estatuto colonial, escravismo e grande lavoura exportadora. O simples rompimento com a condição colonial, a autonomia política engendra uma “situação nacional” que desenvolve o comércio e a vida urbana, alicerça o Estado e prepara a modernização.

    A manutenção do sistema escravista, no entanto, polariza o país entre uma estrutura heteronômica (cujo protótipo é a grande lavoura de exportação) e uma dinâmica autonomizante (centrada no mercado interno). Socialmente, os agentes burgueses, em simbiose com o quadro vigente, organizam-se antes como estamento do que como classe, uma situação que só será rompida com o surgimento do imigrante e do fazendeiro do café na fronteira agrícola.

    A introdução do trabalho assalariado e a consolidação da “ordem econômica competitiva”, no final do século XIX, não liberaram completamente as potencialidades da racionalidade burguesa. Antes promoveram a acomodação de formas econômicas opostas, gerando uma sociedade híbrida e uma formação social, o “capitalismo dependente”, marcada pela coexistência e interconexão do arcaico e do moderno.

    No último ensaio, redigido em 1974, o conceito de “capitalismo dependente” passa a ser determinado pela associação da burguesia com o capital internacional. Com isso, altera-se o peso da dinâmica do sistema capitalista mundial e a própria periodização, marcada pela emergência e expansão de três tipos de capitalismo: o moderno (1808-1860), o competitivo (1860-1950) e o monopolista (1950-…).

    A revolução burguesa teria conduzido o Brasil, portanto, à transformação capitalista, mas não à esperada revolução nacional e democrática. Na ausência de uma ruptura enfática com o passado, este cobra seu preço a cada momento do processo, em geral na chave de uma conciliação que se apresenta como negação ou neutralização da reforma. A monopolização do Estado pela burguesia – tanto econômica, como social e política – estaria na raiz do modelo autocrático, da “democracia restrita” que marca o século XX brasileiro.

    Seria um erro grave, no entanto, atribuir a esse diagnóstico alguma forma de determinismo. O duplo caráter dos conceitos, as contradições que Florestan detecta a cada passo, em suma, a dialética como método deixa o campo livre para a ação histórica dos agentes e das classes sociais.

    O livro A revolução burguesa no Brasil encerra o ciclo de interpretações gerais do país. Mas, forneceu, ao mesmo tempo, as balizas para uma série de estudos pontuais posteriores que abordaram tópicos decisivos como a resistência dos “de baixo” antes e durante a emergência das classes, as alterações do estatuto das nações no sistema-mundo ou as rupturas no padrão de acumulação no capitalismo.

    REFERÊNCIA

    FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Globo, 2005.