Laboratório de Sociologia do Trabalho – LASTRO
  • Aos e às ninguéns que ainda cozinham

    Publicado em 27/02/2024 às 15:34

    Fonte: Prefeitura de Marabá

    Por Bianca Briguglio e Júlia Zenni Lodetti

    Richard Wrangham publicou um livro em 2009 intitulado “Pegando fogo: por que cozinhar nos tornou humanos”. Neste trabalho, o antropólogo afirma que o domínio do fogo e o desenvolvimento da capacidade de cozinhar carnes e outros alimentos promoveu mudanças físicas, fisiológicas e psíquicas ao longo de milhares de anos, que culminaram na forma que assumimos hoje. “Acredito que o momento da transformação que deu origem ao gênero Homo, uma das grandes transições na história da vida, brotou do controle do fogo e do advento de refeições cozidas. O cozimento aumentou o valor da comida. Ele mudou nossos corpos, nosso cérebro, nosso uso do tempo e nossas vidas sociais”, afirma o autor já na introdução.

    Pegar os alimentos crus e transformá-los em refeições é um processo que demanda força física, destreza, habilidade, conhecimentos, algum grau de familiaridade com os alimentos e com os instrumentos culinários, como facas, panelas, frigideiras e fornos. É preciso conhecer a procedência dos insumos, suas quantidades, mensurar o tempo de preparo, dominar técnicas de manipulá-los e, finalmente, agir sobre eles para preparar a refeição. Isso acontece na cozinha doméstica e na profissional.

    A comida reflete as tradições e a identidade de um povo, e está profundamente enraizada nas dimensões sociais e históricas de uma sociedade. As tradições culinárias não são apenas variações de receitas, mas também ingredientes, métodos de preparo, formas de sociabilidade e sistemas de significados que se baseiam nas características territoriais e nas experiências. A culinária é uma expressão da cultura de um povo em um determinado território e num momento histórico.

    Ela é presente na vida de todas as pessoas do planeta, pois todos os seres humanos precisam se alimentar para viver. Seja em grandes almoços familiares, sozinho/a, em casa ou em outro lugar, rápido ou devagar, todo mundo come. Ou melhor, todo mundo precisa comer. Lembremos que o Brasil tem 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias e 70,3 milhões se encontram em situação de insegurança alimentar, segundo relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

    É evidente que a alimentação também é permeada e atravessada pelas relações de produção e de mercado, pela contradição da relação entre quem detém os meios de produção e quem produz valor, uma vez que está inserida no sistema capitalista. Na lógica de exploração do capital, as cozinhas profissionais tornam-se espaços de produção que também são pautados por critérios como efetividade, eficácia e a dinâmica de reduzir custos para aumentar lucro – o que frequentemente se traduz na redução do quadro de profissionais e superexploração daqueles que permanecem.

    É por estar inserida nessa lógica de produção que emerge um modelo “ideal” de restaurantes, do ponto de vista do capital: as chamadas dark kitchens. Trata-se de uma tentativa de reduzir custos ao máximo: mantém-se a cozinha, remove-se o salão. Ali apenas se produzem as refeições, e o consumo se dá em outro espaço. Elas dependem do serviço de entrega, o famoso delivery, que leva a refeição diretamente para o cliente. A separação entre a cozinha e o cliente aumenta. Quem consome a comida é totalmente apartado de seu processo de produção.

    As dark kitchens, apesar de trazerem uma série de problemas que passam pelas condições de funcionamento, relações trabalhistas, salubridade, adequação às normas dos estabelecimentos comerciais, desafios urbanísticos, entre muitos outros, já são tratadas pelo mercado como uma tendência e, cada vez mais, vem sendo pintadas como uma inovação positiva ao mercado de alimentação. Esse “modelo de negócio” adiciona uma camada à invisibilidade do trabalho nas cozinhas, ficando velado até mesmo para fiscalizações sanitárias ou trabalhistas.

    Numa dinâmica em que o ato de cozinhar é praticamente esvaziado de seu valor cultural e afetivo, estes estabelecimentos reúnem, muitas vezes, mais de um tipo de culinária, geralmente galpões com várias cozinhas diferentes, sem fachada, sem espaço para consumo, e até sem identificação. Em muitas localidades, essas cozinhas são instaladas em bairros residenciais e trazem problemas para o entorno, seja pelo seu funcionamento noturno, seja pela concentração de entregadores.

    Devido à frequente falta de estrutura para que estes aguardem o que será entregue, não é incomum observá-los esperando em calçadas, nas ruas, sujeitos à violência de quem não lhes quer ali. Nesta mesma semana, mais um entregador que estava trabalhando foi atacado por um morador enraivecido com sua presença. Esta notícia ter sido veiculada na mesma semana que a declaração do presidente do iFood não é uma simples coincidência, já que a violência direcionada aos entregadores de aplicativos é uma tendência que tem se mostrado crescente*.

    Nas poucas pesquisas que buscam estudar o trabalho de cozinheiros e cozinheiras, há frequentemente a reiteração de que este é um ofício invisibilizado. Seja por estar intrinsecamente relacionado ao trabalho doméstico predominantemente feminino, seja por se tratar de um serviço realizado em um ambiente fechado, oculto aos olhos dos clientes, o foco está no resultado final e não no processo, isto é, no prato pronto e não no trabalho necessário para fazê-lo.

    Trabalhadoras e trabalhadores que atuam em cozinhas de restaurantes, grandes ou pequenos, e quem realiza entregas por aplicativos de delivery são praticamente passíveis de esquecimento total. O aplicativo de entregas – veja bem: não se trata de um aplicativo de alimentação, mas de entregas – representa a fetichização total de um serviço de alimentação, na qual a comida aparece pronta quase como mágica. Afinal, quando a refeição é comprada no aplicativo, não há contato algum com o setor da produção. No máximo o cliente encontra o entregador – e olhe lá.

    A impactante, mas não surpreendente, colocação do presidente do Ifood só reforça essa argumentação. Ele provavelmente acredita que as pessoas deixarem de cozinhar em casa para pedir comida pronta que é preparada nessas condições problemáticas (para dizer o mínimo) é um grande avanço social. Que cozinhar em casa é perder tempo. E ele não é o único a pensar assim. Considerando um recorte de gênero, os homens tendem a cozinhar muito menos em casa do que as mulheres, e portanto são mais “livres” para dedicarem seu tempo para outras atividades enquanto suas companheiras, mães, esposas, filhas, irmãs, preparam suas refeições.

    A ideia de que cozinhar em casa teria o mesmo custo financeiro do que pedir a comida pronta só pode ser concebida se a exploração dos milhares de cozinheiros e cozinheiras se intensifique ainda mais, seus salários ainda mais rebaixados, suas condições de trabalho ainda piores. Não há outro caminho para manter a margem de lucro do dono da cozinha (comum ou dark) e do iFood, e ainda competir com os preços dos alimentos antes de serem preparados. Mais do que um ataque à culinária doméstica e sua importância para as famílias e para a sociedade, a fala do presidente aponta para o incremento da superexploração e a deterioração das condições de trabalho de todo este segmento profissional. E o assustador é que ele tem razão: a tendência é justamente essa.

    A manchete da Folha de São Paulo destaca: “Em dez anos, ninguém vai mais cozinhar”. A reação do público foi bem ruim. O presidente rapidamente procurou se justificar, afirmando que não estava atacando a cozinha doméstica. Tratava-se apenas de afirmar que montar uma cozinha, comprar alimentos em grande quantidade, contratar funcionários, preparar refeições, servi-las e entregá-las vai custar o mesmo do que cozinhar em casa. Na verdade, é mais do que uma colocação, é uma projeção, uma expectativa de tom positivo. Ninguém mais vai cozinhar em casa porque alguém vai cozinhar fora de casa. São justamente essas pessoas que sustentam o iFood, trabalhando em jornadas extensas (muitas vezes para além do que a lei prevê), em condições precárias e com baixíssimos salários. Ora, o que vai ser entregue senão a comida preparada por alguém, em alguma cozinha – seja ela de alto padrão, estruturada, precária, dark ou onde seja?

    Não à toa, o presidente do iFood finaliza a entrevista propagando a palavra da “legislação moderna e flexível”, sugerindo que não se repita a “fórmula da CLT”. Ou seja, o receio é que deixe de ganhar massivamente com a exploração desmedida dos trabalhadores desprovidos de direitos. Diz defender emprego, salário e previdência, como se fosse um grande presente, fazendo coro com os empresários que enxergam nos direitos trabalhistas e na saúde dos trabalhadores obstáculos ao lucro e ao progresso. A verdade é que sua fala não ataca a cozinha doméstica, mas sua ação e a da sua empresa atacam diretamente cozinheiros e cozinheiras, chefs, auxiliares, ajudantes, garçons, garçonetes e toda a miríade de trabalhadores das cozinhas e da alimentação, que diariamente colocam sua força, inteligência e capacidades à serviço do nobre propósito de alimentar outras pessoas.

    A cozinha sempre vai existir. Os direitos dos trabalhadores talvez não. Talvez, o que o presidente do iFood tenha pensado ao dizer que em dez anos ninguém mais vai cozinhar, afinal, é que em dez anos alguém vai cozinhar, mas num contexto totalmente desvinculado da cultura, em condições ainda piores, num formato de trabalho ainda mais precário. E que, para ele, isso é bom.

    *Dessa vez, como em muitas outras, o trabalhador era uma pessoa negra, o que levou a brigada militar de Porto Alegre a concluir que quem deveria ser preso e controlado era ele, mesmo sendo a vítima de um agressor branco. São inúmeros os casos, em diferentes estados do Brasil, em grande parte atravessados por um preconceito racial evidente. Alguns estão listados aqui:

    BH: motoboy foi atacado com canivete em discussão, indica defesa

    Após cobrar pagamento, entregador em Manaus é atacado por cliente e, imobilizado no chão, pede socorro

    Cliente arremessa açaí em motoboy na Paraíba, caso repercute no Brasil e motociclistas fazem protesto

    Entregador agredido: “Tenho que processar ou vira costume pegar pobre”

    Vídeo: entregador é atacado por cliente: ‘Aqui é área de milícia’

    ‘Ela me tratou como se eu fosse escravo’, diz entregador agredido por moradora no Rio

    Entregador é impedido de subir em elevador de prédio no RJ e denuncia racismo

    ‘Pulando que nem macaco’: entregador negro é alvo de racismo em Pinheiros, São Paulo

    Entregador sofre ofensas racistas em condomínio de Valinhos; VÍDEO

    Entregador é alvo de ataques racistas por adolescentes no interior de SP: ‘preto, macaco, fedido’

    Data de publicação: 22/02/2024


  • Seleção de Bolsista de Extensão – Probolsas 2024

    Publicado em 09/02/2024 às 15:37

    A professora Thaís de Souza Lapa, no uso de suas atribuições, conforme disposto no EDITAL Nº 07/2023/PROEX – PROBOLSAS 2024  torna pública a abertura das inscrições para selecionar alunos/as de graduação para desenvolver atividades de extensão no âmbito do Projeto Desenvolvimento Industrial e implicações societárias: um olhar para o Brasil e Santa Catarina”.

    O projeto, que contempla parte das ações de extensão do Laboratório de Sociologia do Trabalho em 2024, terá duração de 01/03/2024 a 31/12/2024, mesmo período de vigência da bolsa mensal de R$ 420,00. Inscrições devem ser encaminhadas até 19/02/2024 para o email thais.lapa@ufsc.br

    No edital, é possível conferir mais informações sobre o objeto da seleção, objetivos do projeto, as atividades previstas no plano de trabalho da/o bolsista, requisitos para pleitear a vaga e modo de realizar inscrição.

    Resultado


  • Seleção de Bolsistas ABET – Resultado

    Publicado em 07/12/2023 às 23:46

    Processo selecionará 2 bolsistas – 1 de graduação 1 de pós-graduação. 

    Seleção de bolsistas aberta para atuar no projeto de pesquisa-extensão “Mapeamento, sistematização e divulgação das investigações sobre Trabalho no Brasil”, sob coordenação da prof. Thaís de Souza Lapa.

    O prazo para submissão de candidaturas foi prorrogado até 12/12/23 às 12h. 

    Não será possível acumular esta bolsa com outras preexistentes, salvo bolsa assistencial da UFSC.

    Mais informações no Edital de Seleção. (retificado em 08/12). 

    Resultado


  • Resultado da seleção dos bolsistas – Proj. “Trabalhamos, logo existimos”

    Publicado em 20/11/2023 às 10:40

    O Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO) comunica o resultado da primeira etapa do processo seletivo de bolsistas para atuação no projeto de extensão “Trabalhamos, logo existimos: saberes cruzados da universidade e sindicatos sobre trabalho”.

    Conforme edital, nessa etapa foram avaliados os documentos submetidos, em especial a carta de motivação, além da relação do candidato com o tema do projeto e sua experiência junto ao laboratório.

    Para a segunda etapa, que consiste em uma entrevista, foram classificados/as os seguintes candidatos/as, descritos/as por ordem alfabética:

    VAGA 1 – Graduação

    João (18203606)

    Leonardo (18205918) – SELECIONADO

    Lorena (20200916)

    Nicole (20101114)

    Victória (22200758)


    VAGA 2 – Pós-Graduação

    Gabriela (202303461)

    Jocieli (202300133) – SELECIONADA

    Julia (202300285)

    Maria (202300584)

    Willian (15201329)

     

    O horário das entrevistas dos candidatos classificados foi informado individualmente através do e-mail utilizado pelo candidato/a para a inscrição. Após a realização das entrevistas com as pessoas pré-aprovadas, os estudantes selecionados para atuarem como bolsistas são:

    Graduação: Leonardo Borba

    Pós Graduação: Jocieli Decol

    Por fim, o Lastro agradece a participação dos 23 candidatos/as da Graduação e aos 14 da Pós-Graduação e permanece à disposição de todos/as os alunos/as e interessados/as que desejam contribuir com o desenvolvimento de pesquisas e projetos relacionados ao trabalho.


  • Novo Edital para Bolsistas

    Publicado em 10/11/2023 às 15:57

    O Laboratório de Sociologia do Trabalho (LASTRO) publica as instruções (retificadas em 14/11/2023) para o processo seletivo de bolsistas para atuação no projeto de extensão “Trabalhamos, logo existimos: saberes cruzados da universidade e sindicatos sobre trabalho”, liderado pela Professora Thaís Lapa, do Departamento de Sociologia e Ciência Política e coordenadora do laboratório. 

    As inscrições foram prorrogadas até o dia 15/11/23.

    As vagas são destinadas para 2 bolsistas, sendo 1 vaga para estudante da graduação e 1 vaga para estudante da pós-graduação.

    O valor da bolsa de graduação será de R$ 700,00 (setecentos reais) e R$ 2.100 (dois mil e cem reais) para a bolsa da pós-graduação. Com uma vigência de 10 (dez) meses, contados a partir de 11/12/2023.

    Entre outros requisitos, é preciso comprovar algum vínculo com a UFSC e dispor de 20h semanais de dedicação.

    Para mais informações, acesse o edital.


  • Nobel de Economia de 2023 é concedido à pesquisadora Claudia Goldin

    Publicado em 18/10/2023 às 14:30

    Notícia extraída do site da G1.
    Texto de Bruna Miato.

    Por ter avançado a nossa compreensão dos resultados das mulheres no mercado de trabalho” Claudia Goldin, professora e pesquisadora na Universidade de Harvard, recebe o Nobel de Economia de 2023.

    A pesquisa de Claudia Goldin recorreu a mais de 200 anos de dados nos Estados Unidos sobre a participação feminina no mercado de trabalho. Diferente do que a pesquisadora imaginava, essa participação não ocorreu de uma maneira ascendente, mas em uma curva em formato de “U”.

    Até o século XVIII, as mulheres estavam inseridas no mercado de trabalho por conta da própria dinâmica social: elas trabalhavam dentro das propriedades da família em uma sociedade agrária.

    No entanto, no início do século XIX, com a transição para uma sociedade industrial — que levou ao trabalho fora de casa —, o percentual de mulheres casadas no mercado teve uma redução drástica.

    O cenário mudou novamente no começo do século XX, quando o setor de serviços ganhou força e chamou, mais uma vez, as mulheres ao mercado de trabalho. Também foi nesse período que o nível de educação das mulheres passou a aumentar, ultrapassando, inclusive, os níveis de escolaridade dos homens em países desenvolvidos.

    Além disso, Claudia Goldin demonstrou que o acesso à pílula anticoncepcional teve um importante papel para a aceleração dessa participação, já que ofereceu uma maior possibilidade para planejamento de vida e de carreira.

    Mesmo com o método contraceptivo oferecendo a oportunidade de planejamento familiar, a maternidade ainda tem o poder de reforçar o gender gap. Isso porque as dinâmicas ainda presentes no mercado de trabalho tendem a dificultar a ascensão profissional das mães.

    Confira a notícia na íntegra aqui.


  • Seleção de bolsistas (graduação e pós) para projeto de extensão “Caminhos do Trabalho”

    Publicado em 23/08/2023 às 14:45

    Ente os dias 23 de agosto de 2023 e 11 de setembro 2023, estão abertas as inscrições de candidatas e candidatos para a até 10 (DEZ) BOLSAS DE PESQUISA E EXTENSÃO como integrantes do Projeto Caminhos do Trabalho, cumprindo uma jornada de 12 horas semanais, no período matutino e vespertino. O período de vigência da bolsa é de 6 meses, com convocação imediata, passível de renovação

    Para participar da seleção, consulte o Edital completo, clicando aqui.


    Sobre o Projeto:

    A ocultação do adoecimento laboral é uma característica estrutural do mercado de trabalho no Brasil que causa graves e profundas repercussões na elaboração e análise de políticas públicas, nos direitos dos trabalhadores, na gestão do trabalho pelas empresas, no pagamento de tributos ao Estado. Esse ocultamento envolve uma dimensão importante da história do Brasil: a efetivação, ou ainda, a falta de aplicação de leis já existentes a compor uma espécie de quadro político, como já abordado por Beatriz Mamigonian em estudos sobre o trabalho escravo no Brasil do século XIX.

    Esse projeto oferece a constituição de uma rede nacional de assistência, pesquisa e formação para o mapeamento e combate à ocultação do adoecimento ocupacional no país, baseada no atendimento a trabalhadores vítimas de agravos, sob coordenação da FUNDACENTRO (Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho), composta por universidades públicas.

    A rede atuará articulando atendimento direto aos trabalhadores com investigação e produção acadêmica, de modo a reduzir a subnotificação dos agravos, facilitar a adimplência de direitos e combater a sonegação fiscal, tanto diretamente, quanto subsidiando a atuação de outras instituições, além de colaborar para a formação de profissionais com capacidade de atuação consistente no campo dos direitos sociais e saúde laboral. Esse projeto compõe um esforço nacional, replicado em outras dez universidades do país.


    Das bolsas:

    São duas categorias de envolvimento com o projeto: graduação e pós. As bolsas de graduação serão creditadas no valor de R$700,00 e as de pós-graduação, R$1400,00. A jornada de atividades é de doze horas semanais para ambos e não requerem dedicação exclusiva.

    As inscrições vão até o dia 11 de setembro de 2023.


    Da Equipe:

    Glaucia Fraccaro
    Departamento de História (coordenação) e Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura

    Douglas Kovaleski
    Departamento de Atenção à Saúde (PRODEGESP)

    Fabrício Menegon
    Departamento de Saúde Pública

    Lizandra Menegon
    Departamento de Saúde Pública

    Roberto Ruiz
    Atuação em medicina do trabalho

    Thaís Lapa
    Departamento de Sociologia e Ciência Política e Laboratório de Sociologia do Trabalho


  • Uni-vos em Brasília

    Publicado em 13/06/2023 às 15:12

    No dia 13 de junho de 2023 o professor Jaques Mick, participou do evento em Brasília “Frente parlamentar mista em Defesa do Serviço Público”  onde apresentou os resultados de seu projeto de extensão “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas”.

    Junto dos membros da SINTUFSC e Fazendo Escola, o professor contribuiu ao debate sobre o caráter da produção científica voltada às comunidades sindicalistas e trabalhadoras através do livro e cartilha desenvolvidos pelo LASTRO e pela Rede de Estudos Interdisciplinares Sobre Trabalho – RESIST.

    O evento consagrou o encontro de diferentes grupos e entidades trabalhistas bem como a participação de deputados federais e senadores para debater acerca dos problemas enfrentados pelos servidores públicos das três esferas, federal, estadual e municipal e dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário.

    Para acessar os conteúdos promovidos pelo projeto do laboratório, clique aqui.

    Para mais informações sobre o evento e a iniciativa parlamentar, clique aqui.


  • Sindicalistas e acadêmicos: UNI-VOS

    Publicado em 05/06/2023 às 16:14

    O futuro do trabalho na América Latina se tornou ainda mais incerto após o início da pandemia de COVID-19. A Universidade pública, como espaço de produção, acumulação e disseminação de conhecimentos, desempenha uma função social imprescindível para compreender a realidade e projetar o futuro.

    Através do princípio constitucional de indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão, o projeto de extensão “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas objetivou promover a articulação do conhecimento científico com a sociedade através da divulgação de pesquisas, experiências e debates sobre o trabalho na América Latina.

    Adotando as temáticas abordadas em 2023 foi publicado o livro “O futuro do trabalho: perspectivas latino-americanas. Composto por sete textos de autores/as latino-americanos/as, o livro objetiva promover a articulação do conhecimento científico com a sociedade por meio da divulgação de pesquisas, experiências e debates sobre o trabalho na América Latina.

    Para acessar o livro clique aqui.

    Também foi criado a cartilha de formação de trabalhadores/as “O Futuro do Trabalho na América Latina. Trata-se de um instrumento pensado para apoiar a formação sindical de trabalhadoras e trabalhadores de todo o Brasil.

    Para acessar a cartilha clique aqui.

    Além disso, foram promovidas de forma vinculada ao projeto as iniciativas de extensão “Leituras do Mundo do Trabalho”, “Sobre viver: trabalho e sindicalismo no cinema”. Ainda, foi constituída a Rede de Estudos Interdisciplinares Sobre Trabalho – RESIST.

    No auditório do EFI,  dia 31 de maio, fora celebrado o lançamento das obras produzidas junto dos membros organizadores, da equipe editorial, dos apoiadores do projeto, representações sindicais e do público da Universidade federal de Santa Catarina, junto da ilustre presença da Vice-reitora Joana Célia dos Passos.

    Para acessar as fotos do evento clique aqui.


  • Condições de trabalho e ação coletiva no setor de TI

    Publicado em 24/05/2023 às 10:19

    O PPGSP estende o convite para o segundo Seminário de Pesquisa de 2023.1, que contará com a presença da prof. convidada Dra. Maria Aparecida Bridi, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e também da prof. do PPGSP Dra. Thaís de Souza Lapa. Ambas realizarão conferências com base em suas pesquisas sobre o trabalho e a ação coletiva no setor de “informática”, tanto os envolvidos na produção de hardware como na de software.

    O formato, com uma professora da casa e uma convidada, visa favorecer a interlocução em pesquisas de temáticas próximas, a fim de promover a discussão sobre temas contemporâneos relevantes que vem sendo investigados pela sociologia do trabalho, como flexibilidade de contrato, condições de trabalho, ações reivindicativas, relações de gênero no trabalho, bem como estimular interessadas e interessados a integrar esta agenda de pesquisas. Bridi abordará, além do tema específico, debates e temas da sociologia do trabalho no Brasil.

    O evento será realizado em 01/06 às 13h30 no miniauditório do CFH, presencial. A participação é gratuita e não é necessário fazer inscrições.